Portugal 5-3 Rep. Checa
segunda-feira, 19 de novembro de 2007


Portugal sofre mas vence e está a um passo das meias

Portugal sofreu a bom sofrer, mas venceu e hoje percebeu-se que estamos num europeu não há jogos fáceis e a precipitação pode trazer dissabores

Hoje sim com o pavilhão ao rubro (embora ainda com algumas cadeiras vazias), Portugal entrou a perder. Uma desatenção defensiva permitiu que Michael Mares rematasse e mesmo João Benedito não conseguiu parar uma bola que normalmente seria sua. A selecção portuguesa pareceu enervar-se, definia mal o tempo de remate, e a bola acabava sempre por bater na muralha da Republica Checa.

Com a passagem do 5º minuto a selecção das quinas serenou, começou a definir melhor as jogadas atacantes, não se precipitando e Israel foi quem teve a primeira flagrante oportunidade, mas o remate saiu à figura de Meller. Sentia-se que Portugal começava a crescer e foi sem surpresa que o empate chegou, Arnaldo encontrou uma linha de passe para dentro da àrea onde Ricardinho de pé Esquerdo apareceu para alegria de todos a fazer o primeiro golo da selecção no Europeu.

A selecção estava bem, pressionava, conseguía construir jogo e encontrar espaços no defesa checa, só que para grande azar na segunda vez que os Checos foram à nossa baliza novo golo. Perda de bola de Pedro Costa, a Republica Checa sai numa situação de 2:1 para Ivan, que temporiza bem tentando permitir a recuperação de Pedro Costa, mas já era tarde e à saída de João Benedito, David colocou a bola muito bem ao ângulo superior direito.

O Futsal é Cruel, os Checos apanharam-se a vencer logo de inicio e Portugal tinha novamente de voltar a correr atrás do resultado. Pressionados pela ideia de todos (menos a de Orlando que sempre alertara que era indiferente passar em primeiro ou segundo) sentia-se que os jogadores queriam fazer tudo rápido e bem. A sabedoria popular Portuguesa indica que ninguém o consegue fazer, prova disso novo golo sofrido, Roman Mares apareceu isolado na Ala direita e com classe, fez um chapéu perfeito a Benedito.

O Público estava incrédulo e as coisas até podiam ter ficado piores quando o mesmo Roman Mares enviou a bola ao poste, mas bolas também era azar 4 vezes 4 golos era demais. Liderados por Gonçalo e Ricardinho, os nossos jogadores entenderam que as coisas tinham de ser feitas com calma, de forma paciente e que a selecção que tinham pela frente não era em nada idêntica aquilo que tinha feito frente à Roménia. Serenaram os ânimos e arrancaram para um exibição mais conseguída.

Gonçalo Reduziu num remate do lado esquerdo, votando a animar as bancadas. Porém os checos continuavam a ameaçar em contra ataque valeu um João Benedito ao seu melhor por duas vezes evitando novo golo. Não estava feliz a nossa selecção e a comprová-lo um lance caricato. Excelente jogada, e quando o público já gritava golo, um remate de Joel a um metro da baliza fica preso no calcanhar de um Checo e nova desilusão.

O Melhor momento ficaria guardado para o final da primeira parte, Joel faz um passe picado para a ala e Arnaldo de primeira fez um golo monumental. Este era o momento da viragem, as equipas iam para intervalo e Orlando por certo que iria fazer alguns reajustes.

E a atitude na segunda parte foi completamente diferente, inteligência, racionalidade, maior segurança defensiva e no entanto a ambição e vontade de marcar percistia. Portugal era agora a equipa que conhecemos e todos sabíamos que o golo iria aparecer, Joel e Leitão foram alterando na posição de pivo móvel, sendo que sempre que a bola lá era colocada conseguíamos criar bastante perigo. Mas o golo teimosamente continuava sem aparecer, até que numa bola parada Marcelinho bateu directamente à baliza e contou com um enorme frango para colocar pela primeira vez Portugal na liderança.

Suspiros de alívio e a convicção de que agora a missão estava praticamente cumprida, o jogo não estava para loucuras e era hora de segurar a bola chamar os checos para o nosso meio campo e atacar sempre pela certa. Foi isso que fizeram os jogadores, destaque neste capítulo para Ricardinho, notável maturidade de um jogador que consegue fazer tudo com a bola mas que hoje soube ler o jogo e muitas vezes foi ele quem acalmou os ânimos dos seus companheiros.

Ricardinho foi eleito o melhor em campo pela UEFA, mas na nossa opinião a chave do jogo esteve em Leitão, efectivamente já não há dúvidas do contributo que dá à equipa, muito forte a receber e a servir os seus companheiros e foi assim que nasceu o golo da tranquilidade. Leitão recebe trabalha muito bem e encontra Formiga que carimbou a vitória final.

Portugal foi humilde, soube perceber que como em tantas outras vezes quem tem razão é Orlando Duarte, o discurso do treinador por vezes é tido como repetitivo, e pouco ambicioso mas a verdade é só uma "o importante é ganhar e passar à próxima fase" e para isso ainda falta pontuar para garantir o apuramento.
 
posted by DJ Rodri Luk at 08:22 | Permalink |


0 Comments: